segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A civilização Grega - Parte 3 - As origens da civilização

Do genos à cidade-Estado

Ânfora grega em cerâmica, utilizada
para guardar vinho.
A ruína dos palácios provocou o fim do poder dos reis. A aristocracia guerreira manteve controle sobre os camponeses, mas dentro do grupo aristocrático vários gené (plural de genos) buscavam concentrar poder.
O genos era uma grande família aristocrática que acreditava ter um descendente em comum (que podia ser até um deus). O genos era formado pelos membros de uma família e por seus dependentes, escravos ou livres. O genos incluía também toda a propriedade - gado, terras, casas - sob a autoridade do chefe da família.
O chefe do genos mais poderoso era o rei da comunidade e governava com o auxílio de uma assembléia de guerreiros. A assembléia discutia os assuntos de interesse da comunidade e tinha como princípio igualdade entre todos os aristocratas. Essa forma de governar a comunidade deu origem a um tipo específico de organização política: a pólis ou cidade-Estado. Isso ocorreu por volta dos séculos VIII e VII a.C.

A cidade-Estado grega

Moedas gregas dos séculos V-III a.C.
A pólis pode ser definida como uma comunidade de cidadãos livres que se autogovernavam. Para tanto, dispunham de assembléias e magistrados, e de um conselho que preparava os pontos a serem discutidos nas assembléias, nos conselhos e nas magistraturas. 
Com o tempo, a cidadania foi se ampliando para outros grupos sociais, enfraquecendo os gené. Alguns fatores contribuíram para isso, como a expansão grega pelo Mar Mediterrâneo.

A expansão colonial grega

Por volta dos séculos IX e VIII a.C., a população cresceu rapidamente na Grécia, e as terras agrícolas tornaram-se insuficientes. A constante divisão de terras entre os membros dos gené (do pai para os filhos homens) foi diminuindo de tamanho das terras cultiváveis necessárias para manter as famílias. Em contrapartida, os aristocratas tinham mais terras que os camponeses pobres, que se viam obrigados a trabalhar para eles e acabavam endividados, tornando-se, às vezes, escravos. Essa situação gerou fortes tensões sociais.
Uma forma de obter novas terras e resolver a crise era fundar colônias em outras regiões do Mar Mediterrâneo. As colônias eram chamadas pelos gregos de apoikiai, ou seja,  "afastamento de casa". Elas mantinham laços estreitos com a cidade-mãe, mas eram independentes e podiam até criar outras colônias. Dessa maneira, os gregos foram se espalhando pelo Mediterrâneo.

Veja também a continuação desta matéria.

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